terça-feira, 29 de maio de 2012

"Liderança é a alavanca que impulsiona melhorias"

"Liderança é a alavanca que impulsiona melhorias"

Irma Zardoya, presidente de organização americana que treina professores para serem diretores, explica a importância dos bons líderes

Fonte: Veja.com
Uma pesquisa da Fundação Victor Civita de 2011 revelou que 42% dos diretores de escolas públicas brasileiras são escolhidos por influência política. É uma pena. Em Nova York, o trabalho da organização Leadership Academy (Academia de Liderança) aponta que os maiores avanços no desempenho escolar dos alunos são obtidos com diretores muito bem treinados para a função, profissionais que, além de bons gestores, conhecem o conteúdo programático de suas unidades de ensino. Criada em 2003, a instituição ajudou a formar um em cada seis diretores de escolas públicas da cidade americana, que estão concentrados principalmente em áreas de maior vulnerabilidade, como o Bronx. “Liderança é a alavanca que impulsiona a mudança em uma escola. O diretor define a melhoria e alinha tempo, dinheiro e recursos”, afirma Irma Zardoya, presidente da Academia. Irma, que participa de um ciclo de debates no Brasil, na próxima segunda-feira, promovido pela Fundação Itaú Social, concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:
Qual o contexto que permitiu a criação da Academia de Liderança? Há nove anos, Michael Bloomberg, prefeito de Nova York, e Joel Klein, chefe do Departamento de Educação da cidade, perceberam que havia a necessidade de líderes escolares apaixonados, dedicados e inovadores. Além disso, muitos diretores estavam para se aposentar e não havia líderes disponíveis para essas escolas. Foi quando a comunidade empresarial e as principais organizações filantrópicas se uniram e contribuíram para o desenvolvimento da Academia de Liderança de Nova York, com um investimento de 84 milhões de dólares.
Como se mantêm? Somos uma organização sem fins lucrativos que presta serviço aos sistemas de ensino e recebe por isso. Também recebemos dinheiro de algumas fundações e do governo.
Como é a seleção dos possíveis diretores? O que procuram? Qualquer pessoa que queira fazer parte do nosso processo seletivo precisa ter, no mínimo, três anos de experiência com ensino. É o que estado exige. Há uma rigorosa ficha de seleção a ser preenchida. Os aprovados são convocados para uma dinâmica em grupo, na qual são colocados de frente a um problema e questionados - como grupo - sobre como lidar com ele. Precisamos ter certeza de que o candidato sabe escrever e se expressar bem, é um eficaz solucionador de problemas e tem habilidade para lidar com as pessoas. Depois, os melhores são convidados para uma entrevista individual, em que devem apresentar trabalhos acadêmicos, e são questionados sobre questões pedagógicas. Temos um guia que orienta os nossos processos seletivos e aponta o que precisamos considerar nos candidatos. Os principais pontos são: comportamento pessoal, responsabilidade, resiliência, liderança, capacidade de se comunicar, de resolver problemas e de supervisionar os funcionários; cultura, gestão de tempo e tecnologia.
Como é o treinamento dado pela academia? Oferecemos um programa de 18 meses, dividido em três fases. A primeira expõe os participantes a rigorosas simulações do que é ser um diretor; a segunda é uma fase de residência em que ele fica em uma escola por 10 meses e convive duas vezes por semana com um diretor para aprofundar seu conhecimento em campo. Por fim, a terceira etapa é customizada para atender às necessidades da escola e do profissional para efetuar a transição de poder.
Como uma boa liderança pode mudar a realidade de uma escola? A liderança é a alavanca que impulsiona a mudança em uma escola. O diretor define a melhoria e alinha tempo, dinheiro e recursos para que seu objetivo seja atingido. Um estudo do Instituto de Política Educacional e Social, da Universidade de Nova York, mostra que os formados pela academia estão atuando em escolas que têm mais desafios e ainda assim conseguiram que os alunos tivessem um aprendizado mais acelerado em língua inglesa e matemática. Os diretores têm a oportunidade de implementar sistemas de ensino com foco no aprendizado dos alunos, o que inclui: selecionar professores altamente qualificados, desenvolver programas curriculares de ensino e avaliação que se alinhem com as necessidades do estudante, e dar suporte para as relações de colaboração entre os funcionários e entre eles e os alunos.
Como os diretores devem colaborar com os professores? O diretor deve guiar o professor na tomada de decisões curriculares e de ensino. É fundamental que dê aos profissionais a possiblidade de trabalharem juntos para resolverem os problemas de aprendizagem dos alunos. Os professores devem avaliar juntos o que e como estão ensinando, visitar uns aos outros nas salas de aula e trocar informações. Um diretor eficaz é aquele que fornece ‘feedback’ aos professores e os orienta sobre o seu trabalho e a melhor forma de melhorá-lo. É muito importante para o líder gerir a escola bem e configurar os sistemas e estruturas que permitirão que ela seja um lugar seguro e bem organizado, propício à aprendizagem.
É possível criar um bom líder ou algumas pessoas simplesmente não têm as características necessárias? Nós, enquanto reconhecemos que algumas habilidades podem ser desenvolvidas, também procuramos características específicas nos candidatos. São elas: integridade profissional, compromisso de diminuir as lacunas de aprendizado e trabalhar com estudantes de áreas mais vulneráveis, conhecimento pedagógico, resiliência (capacidade para se recuperar de derrotas e seguir em frente) e postura aberta ao aprendizado. Já as habilidades que podem ser aprimoradas na academia são: supervisão pedagógica, comunicação, resolução de problemas, análise de dados e planejamento estratégico.
Você acredita que é possível implantar um sistema similar ao da cidade de Nova York em outros países, como o Brasil? Os sistemas de ensino devem primeiro reconhecer a importância da liderança, enxergá-la como uma forte alavanca para impulsionar e melhorar o aprendizado dos estudantes. Depois, devem identificar, treinar e dar suporte a estes líderes para que tenham condições de melhorar as escolas em que atuam. Cada sistema de ensino é único e deve identificar seus próprios padrões de liderança. Com isso, serão capazes de enfrentar o contexto e as necessidades locais.

Diretor escolar deve agir com base na comunidade


29 de maio de 2012

Diretor escolar deve agir com base na comunidade, diz educadora dos EUA
Irma Zardoyra, dos EUA, apresentou projeto nesta segunda em SP. Academia treina diretores para atuarem em escolas problemáticas
Fonte: G1
A especialista em educação Irma Zardoya, presidente da Academia de Liderança da Cidade de Nova York (NYCLA), dos Estados Unidos, defendeu, na manhã desta segunda-feira (28), em São Paulo, que os diretores de escola devem planejar sua gestão tendo como principal base o contexto da comunidade escolar.
Em debate sobre gestão educacional promovido pela Fundação Itaú Social, Irma afirmou que cada escola tem a sua própria realidade, e um trabalho bem sucedido de gestão escolar deve levar em conta os resultados dos estudantes e o nível de apoio que o corpo docente recebe das famíílias. "Compreender o ambiente em que vivem as crianças é muito importante", disse.
A NYCLA desenvolve o Programa de Diretores Aspirantes (APP, na sigla em inglês), que oferece um curso de cerca de um ano a professores que querem atuar como diretores de escolas. Desde 2010, 423 professores passaram pela formação, que inclui em média um curso intensivo de seis semanas durante o verão (época de férias escolares) e um estágio remunerado de dez meses em uma escola, onde o aspirante a diretor trabalha orientado por um diretor aposentado, que atua como uma espécie de tutor.
O custo do projeto, segundo Irma, é alto - nos primeiros quatro anos, a academia levantou cerca de R$ 160 milhões para custear os salários dos formadores e dos aspirantes -, mas o resultado tem valido a pena, diz. Inicialmente, organizações não-governamentais e empresários ajudaram a pagar pelo APP, mas hoje o projeto é bancado pelo Departamento de Educação da cidade.
Dois terços dos diretores formados na NYCLA atuam como diretores das escolas mais problemáticas de Nova York. Mais da metade das escolas estão em distritos mais pobres da cidade, como o Bronx e o Brooklyn, e 75% dos alunos matriculados nas escolas destes diretores vêm de famílias de baixa renda e se qualificam para benefícios do governo como auxílio-alimentação.
Fechamento de escolas fracassadas
O compromisso do chanceler municipal de Educação e do prefeito de Nova York com a melhora do sistema educacional exigiu medidas drásticas como o fechamento de escolas. "Depois que as mudanças foram feitas, mas não surtiram efeitos, o chanceler e o prefeito decidiram fechar as escolas, principalmente as escolas de ensino médio muito grandes, com mais de 2 mil alunos, e abrir várias escolas menores, começando do zero", explicou Irma.
Segundo ela, o investimento de construir uma escola do zero foi maior que manter as escolas grandes, mas em poucos anos notou-se uma melhora na taxa de aprovação dos estudantes. "Escolas com muitos alunos recebiam muito dinheiro, mas isso não trazia retorno", disse.
Outra proposta, implementada gradualmente, é a redução da burocracia na gestão escolar, para dar o diretor mais tempo de atuar junto aos professores, e apoiá-los na detecção de necessidades de melhoria no currículo e no trabalho em equipe. "Se você quer atrair os grandes líderes, você precisa dar a eles a possibilidade de terem autonomia para moverem a escola na direção que eles querem", explicou ela. Na NYCLA, os aspirantes a diretores atuam em duplas e são incentivados a fazer o mesmo com os professores, para perceber quais têm perfis de liderança e podem auxiliar na união de toda a equipe em torno dos objetivos.
Brasil
Irma, que participou de um debate com Maria Helena Guimarães de Castro, coordenadora do núcleo de Educação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), Roseli Mori, secretária de Educação de Ferraz de Vasconcelos, Ana Paula Tavares da Silva Torres, diretora da EMEF Sara Tineue, de Ferraz de Vasconcelos, e Teca Pontual, gerente de projetos da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, disse ainda que o Brasil enfrenta problemas similares aos dos Estados Unidos, e que um plano de ação para melhorar o padrão de escolas brasileiras não seria muito distinto do que se ensina em sua academia.
Ela citou três passos principais no desenvolvimento de lideranças. Primeiro, é necessário decidir o que o diretor quer fazer na escola, o que seus professores devem saber e qual o objetivo da gestão. Depois, Irma sugere a criação de padrões para medir o sucesso do projeto. Por fim, o currículo escolar deve ser montado sob medida, com base nos dados dos estudantes e na realidade das comunidades.
Um exemplo de aproximação entre professores e pais aplicado por um dos diretores foi enviar seus docentes às casas dos alunos de suas turmas, antes do início do ano escolar. Segundo Irma, o efeito é duplamente positivo: os professores acabam conhecendo melhor a realidade de seus alunos quanto os pais passam a confiar mais na dedicação do docente.
Violência na sala de aula
A união de todos os lados em torno do projeto é fundamental, de acordo com a especialista, especialmente nos casos das escolas consideradas problemáticas, com dificuldades disciplinares e péssimos índices acadêmicos. "Uma escola precisa ser segura e ordenada. Sem isso, ninguém pode ensinar, e ninguém pode aprender. O aluno precisa saber o que se espera dele, e o professor precisa conhecer seu papel", diz.
As escolas com altos índices de violência são, na opinião dela, locais que perderam o controle dos estudantes porque não lhes ofereceram nada de interessante. "Escolas perderam o controle porque as crianças vão à escola e não há nada lá que as interesse, elas não querem estar lá."

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Gestão Participativa

O presente blog tem por finalidade apresentar o resultado final da atividade Criando Blogs, da Disciplina Linguagens e Suas Tecnologias II, da Profa. Terezinha Barroso  e da Profa. Ana Maria Di Grado Hesselplina, do Mestrado Profissional da Universidade Federal de Juiz de Fora.

De acordo com Komesu (2011)
"O blog é concebido como um espaço em que o escrevente pode expressar o que quiser na atividade da (sua) escrita, com a escolha de imagens e de sons que compõem o todo do texto veiculado pela internet. A ferramenta empregada possibilita ao escrevente a rápida atualização e a manutenção dos escritos em rede, além da interatividade com o leitor das páginas pessoais."



Gestão Participativa


 

I Encontro Gerencial

Palestra proferida no dia 25 de abril de 2012 para os 36 gestores escolares no Hotel Curva do Rio em Unaí- MG.
http://www.4shared.com/office/325dtX2_/Avaliao_Externa.htm

Série Gestão Escolar

Sugiro que acessem o site http://www.edicoessm.com.br/gestor_escolar_fundamentos/ e confiram a Série Gestor Escolar. As ferramentas servirão de apoio ao trabalho do gestor escolar. As abordagens teórico-metodológicas poderão ser usadas nos encontros de formação continuada com os profissionais da escola.Veja um exemplo do que você irá encontrar:
Fonte:  http://www.edicoessm.com.br   

Progestão 8ª edição


Logomarca Progestão -MG

Superintendência Regional de Ensino de Unaí, MG – 2012.

Tutora: Silvana Maria Caixêta.

Cursistas: 45 Profissionais das Escolas Públicas de Arinos, Buritis, Dom Bosco, Formoso, Natalândia, Riachinho e Unaí.

O PROGESTÃO é um curso de formação continuada e em serviço que tem por finalidade desenvolver as competências necessárias aos gestores de escolas públicas, para promoção da melhoria dos resultados educacionais.Acesso aos cadernos de estudo http://www.consed.org.br/index.php/programas-especiais/progestao-online No I Encontro realizamos a apresentação dos cursistas, do institucional do PROGESTÃO em Minas Gerais, estudo do EDITAL SEE N.º 05/2011, a apresentação do Módulo I - Como articular a função social da escola com as especificidades e as demandas da comunidade? Por fim discutimos o intermódulo que é composto por legislações e textos específicos do sistema mineiro de educação.
Encontro do PROGESTÃO- Unaí, abril 2012